Segundo no Nordeste e sexto no Brasil em número de transplantes de órgãos realizados no ano de 2021, segundo levantamento do Ministério da Saúde (MS), Pernambuco alcança, neste mês de novembro, a marca de 1 mil médicos treinados no Estado, desde 2018, para o diagnóstico de morte encefálica, essencial para a doação e transplante de órgãos. As capacitações são ministradas pela Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

O feito foi atingido no 42º curso de capacitação no diagnóstico de morte encefálica, realizado ao longo da última semana e encerrado nesta quarta-feira (16/11) no Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O treinamento tem como objetivo capacitar médicos para realização do diagnóstico de morte encefálica nas diversas unidades hospitalares espalhadas pelo Estado.

“Os cursos de capacitação têm sido uma ferramenta de educação e sensibilização dos profissionais para o processo de notificação de casos de morte encefálica. A posição de Pernambuco no ranking do Ministério da Saúde reforça o conceito que nosso Estado tem de comportar um grande polo médico e de possuir centros de transplantes de referência na região. Além disso, os esforços para qualificar nossos profissionais neste processo são fundamentais, atingindo, agora, a marca de 1 mil especialistas capacitados, são fundamentais para que Pernambuco alcance esse lugar de destaque na realização de transplantes de órgãos”, pontua a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes.

Desde a publicação do Decreto 9.175, de 18 de outubro de 2017, que regulamenta a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, para tratar da disposição de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, somente médicos especificamente capacitados podem dar o diagnóstico de morte de encefálica.

Pela resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina (CFM), são considerados especificamente capacitados médicos com, no mínimo, um ano de experiência no atendimento de pacientes em coma e que tenham acompanhado ou realizado pelo menos dez determinações de morte encefálica (ME) ou curso de capacitação para determinação em ME.

DADOS - Pernambuco realizou, entre janeiro e setembro deste ano, 1.021 transplantes. Destes, 474 foram de córnea, 233 de rim, 210 de medula óssea, 66 de fígado, 26 de coração, oito (8) de valva e quatro (4) de rim/pâncreas. No mesmo período do ano passado, foram realizados 956 transplantes, sendo 471 de córnea, 201 de rim, 171 de medula óssea, 78 de fígado, 27 de coração, sete (7) de valva e um (1) de fígado/rim.

Atualmente, 2.644 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (1.438), seguida de córnea (994), fígado (148), medula óssea (29), rim/pâncreas (23) e coração (12).