Estado tem realizado os procedimentos, promovendo conforto e mobilidade para pacientes
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) zerou, nesta quarta-feira (13/11), a fila prioritária para cirurgias de correção de luxação de quadril em crianças diagnosticadas com microcefalia decorrente da Síndrome Congênita do Zika Vírus. O procedimento, realizado no Hospital Maria Lucinda e no Hospital Otávio de Freitas (HPF), é fundamental para proporcionar menos dor, maior conforto e mobilidade, impactando positivamente na rotina dessas crianças e suas famílias.
O pequeno José Ravy Alves, de 9 anos, morador de Petrolina, foi o último da fila considerada prioritária a ser operado. A condição dele se agravou ao longo dos anos. Com os músculos atrofiados – e muitas dores -, ele já não conseguia mais sentar, o que dificultava o uso da cadeira de rodas e comprometia ainda mais sua qualidade de vida. Com a cirurgia, José Ravy vai iniciar um processo de recuperação, que inclui acompanhamento médico, revisões periódicas e sessões de fisioterapia, essenciais para sua reabilitação.
Poliana Alves, mãe de José Ravy, celebrou a cirurgia, que trouxe alívio e esperança para a família. Ela destacou a importância do apoio oferecido pelo Estado, que disponibilizou passagens aéreas para o deslocamento de Petrolina ao Recife, sendo o filho submetido ao procedimento no Hospital Maria Lucinda. Antes, as viagens eram um grande obstáculo.
“A sorte é que, graças a Deus, o Estado disponibilizou passagem de avião, porque quando vinha antes era uma dificuldade. Agora, deu a passagem de avião e foi muito bom”, conta Poliana. Alves, que expressou, ainda, a alegria de finalmente ver Ravy passar pela cirurgia tão esperada. “Fiquei muito feliz. Era uma coisa que já queríamos há muito tempo, porque, segundo o médico, vai melhorar a qualidade de vida dele.”
Médico cirurgião que realizou esse procedimento, Ítalo Bacellar explicou a importância e o impacto do procedimento na vida de José Ravy e da sua família.
“Esses pacientes, com uma comorbidade neurológica, acabam tendo muita contratura dos músculos, o que deixa as pernas deles um pouco fechadas. Isso dificulta muito para realizar os cuidados de higiene e a locomoção no dia a dia. A cirurgia vai permitir essa movimentação, uma troca de fraldas mais fácil, além da melhora da posição de sentar, na hora de ser mobilizado na cadeira de rodas”, explicou o médico Ítalo Bacellar.