Por ano, dois novos urologistas são formados na unidade, que atualmente conta com seis médicos residentes
Principal emergência urológica do Estado, o Hospital Otávio de Freitas (HOF) comemorou nesta sexta-feira (06/12) uma importante data: 25 anos de atuação do serviço de Residência Médica em Urologia. Prestes a encerrar a residência após três anos na unidade, o médico residente Josias Torres lamenta ter que deixar a equipe do hospital, porém comemora a possibilidade de se tornar especialista e poder retornar para contribuir com o atendimento aos pacientes que necessitam de intervenções na área. Por ano, dois novos urologistas são formados na unidade, que atualmente conta com seis médicos residentes.
“Desde muito cedo, na metade da faculdade, eu já decidi fazer Urologia, porque é uma área fascinante e tem um leque muito grande de cirurgias, de pequeno, médio e grande porte, além da realização de atendimentos em nível ambulatorial. No Brasil há muitos pacientes precisando da especialidade, então foi esse um ponto que me chamou a atenção, e especificamente, o Otávio de Freitas foi escolhido por ser um local com grande variedade de cirurgias, nos mais diversos níveis de complexidade, com aporte de materiais e ótimo corpo clínico. Em fevereiro, encerro meu programa de residência no HOF e vou em busca de uma subespecialidade da urologia e com certeza, se tiver oportunidade, quero voltar, com o maior prazer do mundo”, destacou. Josias Torres irá estudar Andrologia, uma subespecialidade que trata da infertilidade masculina e da disfunção sexual.
Hoje, o coordenador médico do Serviço de Urologia, Frederico Henriques, já foi residente na unidade de saúde. Desde 2003 atuando junto à equipe, destacou a evolução da área. “Eu ainda peguei uma fase muito analógica da residência, com poucos equipamentos, porque a urologia era assim. Nos últimos 10,20 anos, a tecnologia evoluiu muito, ou seja, hoje no Hospital Otávio de Freitas, contamos com todo o maquinário necessário para realizar o trabalho no melhor nível possível. A única coisa que não realizamos na área aqui no hospital, é o transplante renal. No mais, realizamos todos os tipos de procedimentos ligados a área com a melhor tecnologia disponível”.
“Aqui o volume cirúrgico é grande, a diversidade de patologias igualmente. Na residência, quanto mais você vê, mais aprende. Entre as subespecialidades da urologia, o HOF conta com a maioria delas, a exemplo da uropediatria, cirurgia reconstrutora, etc.”, completou.
O superintendente médico do Hospital Otávio de Freitas, Omar Jacobina, reforçou o papel da maior emergência urológica do Estado na formação de novos profissionais. “O HOF é referência na área, sobretudo em atendimentos de urgência, e isso leva a um grande número de pacientes e diversidade de casos, o que facilita a aquisição de conhecimento por parte dos residentes, pois o aprendizado deles é a partir dos casos que vivenciam na rotina do serviço. Então, quanto mais diverso e maior quantidade de casos, mais completa será sua residência. Além disso, o modelo de residência médica serve como um motor para o serviço esteja sempre se atualizando e continuamente buscando abarcar novas tecnologias e diversificar seu escopo de atendimento”.
HOMENAGEM – Ainda nesta sexta-feira (06/12), aconteceu o descerramento da placa comemorativa aos 25 do serviço, após a homenagem ao médico urologista Wilton Bezerra, que atou na unidade de 1993 até a sua aposentadoria e contribuiu para criação e desenvolvimento do Programa de Residência.
“Fiquei muito feliz com esta homenagem. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria que a urologia chegaria onde está hoje. Eu iniciei o trabalho aqui sozinho em 1993, como único urologista da unidade, e posteriormente vieram outros quatro colegas, e o serviço foi se desenvolvendo e hoje é o maior serviço de emergência do Estado. Fui chefe da residência de 1999 a 2010 e este momento representa uma enorme felicidade nesses meus 48 anos de formação”, contou.
