Com o compromisso de reduzir a mortalidade materna a partir da ampliação de ações estratégicas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) passa a adotar em toda rede o protocolo de urgências ginecológicas e obstétricas do Centro Universitário Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), hospital universitário referência na assistência à gestante de alto risco, ligado à Universidade de Pernambuco (UPE). A adesão oficial ao protocolo ocorre nesta sexta-feira (29/11), no Seminário Estadual de Urgências Obstétricas, que vai ser realizado no auditório da SES-PE, das 8h às 17h, com a participação de especialistas em saúde que vão discutir temas que podem levar à mortalidade materna.
Baseado em quatro eixos, o Seminário Estadual de Urgências Obstétricas apresenta a médica Luiza Rocha, com a palestra “Trabalho de Parto Prematuro”; a médica Simone Carvalho, com o tema “Síndrome Hipertensivas”; a médica Brena Melo, com a pauta “Hemorragia Pós-Parto”; e, por fim, a enfermeira obstetra Viviane Araújo, que traz a discussão “Contribuição da Enfermagem Obstétrica na Gestação de Alto Risco”.
A mortalidade materna é um indicador sensível às condições de saúde das mulheres e do desenvolvimento socioeconômico de uma sociedade. Por isso, trata-se de um tema que merece esforços por levar em consideração o fato de o óbito materno comprometer não só a vida de um filho, mas toda uma estrutura social.
Ao adotar o protocolo do CISAM, a SES-PE tem o objetivo de uniformizar os cuidados em saúde e assegurar um atendimento de qualidade, nas maternidades do Estado, para as gestantes com condição clínica ou obstétrica de alto risco. “A adoção deste manual reflete o compromisso da atual gestão na promoção do cuidado das mulheres grávidas e seus filhos, bem como com os profissionais envolvidos nesse cuidado”, afirma a secretária de saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti.
O documento, desenvolvido e atualizado por equipe acadêmica de especialistas – profissionais atuantes na área clínica -, é embasado em diretrizes internacionais e nacionais, com atualizações periódicas, baseadas em evidências científicas. O protocolo vai permitir aos profissionais da assistência a racionalização do diagnóstico e da conduta de forma rápida, clara e eficaz.
“Esperamos que o fato de uniformizar a conduta clínica por meio do protocolo do Cisam traga, no dia a dia, o aprimoramento contínuo dos profissionais de saúde, além da qualificação das maternidades do Estado, ajudando assim na diminuição da morbidade e mortalidade materna. E essa pauta é um compromisso assumido pelo governo Raquel Lyra e pela SES-PE”, pontua Hérika Dantas, coordenadora da Política Materna Infantil da SES-PE.