Neste Agosto Dourado, pediatra esclarece como o aleitamento materno fortalece o sistema imunológico e reduz casos graves.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) Professor Fernando Figueira, localizada em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, reforça, neste Agosto Dourado, a importância do leite materno como aliado na saúde infantil. Além de fortalecer o sistema imunológico de bebês e crianças, a amamentação exclusiva contribui para prevenir doenças e acelerar a recuperação em casos de infecção.
A pediatra da UPA São Lourenço, Queila Oliveira, explica que o leite materno funciona como um verdadeiro escudo protetor. “Ele fornece anticorpos que fortalecem o sistema imunológico, reduzindo a gravidade de doenças comuns como diarreias e infecções respiratórias”, detalha.
De acordo com a médica, a diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas é perceptível. “Os bebês que recebem fórmulas ou passam por introdução alimentar precoce têm maior risco de desenvolver alergias e infecções intestinais e respiratórias. Muitas vezes, esses quadros evoluem para formas graves, exigindo internamento e uso excessivo de antibióticos. Já as crianças amamentadas, exclusivamente pelo leite materno, adoecem menos e costumam apresentar sintomas mais leves”, pontua.
Um dos receios mais comuns relatados pelas mães que chegam à unidade é a sensação de que o bebê não está mamando o suficiente. A pediatra orienta que os principais sinais de amamentação adequada são ganho de peso, boa hidratação, presença de urina e vitalidade da criança. “O choro nem sempre é sinal de fome e a frequência das mamadas pode variar. Quando possível, observamos a mamada para corrigir a pega e tranquilizar a família”, explica Queila.
Além da prevenção, o leite materno também contribui para uma recuperação mais rápida nos atendimentos de urgência. “Por ser facilmente digerido e rico em substâncias que fortalecem o organismo, ele acelera o processo de recuperação. A sucção ainda traz conforto e ajuda a reduzir o estresse do bebê doente, o que é muito valioso em um pronto atendimento”, ressalta.
Entre os mitos mais recorrentes, Queila destaca a ideia do chamado “leite fraco” e a crença de que o bebê chora por não se sentir saciado. “Cada mãe produz o leite ideal para o seu filho. Outro hábito comum, mas não recomendado, é oferecer chás para reduzir cólicas, o que pode causar sérios problemas de saúde. Sempre reforçamos que o aleitamento materno pode salvar vidas e deve ser feito sob livre demanda, de forma exclusiva até os seis meses e continuado, junto à alimentação complementar, até pelo menos os dois anos de idade”, alerta a pediatra.


