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Dia Mundial de Combate à Cefaleia: Hospital Maria Lucinda  alerta para importância de buscar tratamento adequado

Automedicação e uso excessivo de analgésicos podem agravar a condição

Neste 18 de maio, quando se chama atenção para o Dia Mundial de Combate à Cefaleia, a Fundação Manoel da Silva Almeida/Hospital Maria Lucinda — que também gerencia sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Rede Estadual de Saúde de Pernambuco — faz o alerta para os riscos da automedicação e do uso excessivo de analgésicos sem acompanhamento médico. A cefaleia é uma condição prevalente e impacta significativamente a qualidade de vida, com estudos apontando que entre 43% e 93% da população brasileira pode ser afetada, segundo o Ministério da Saúde.

“Ela compromete significativamente a qualidade de vida, sendo reconhecida pela OMS como uma das principais causas de incapacidade no mundo”, explica a neurologista Suzana Serra, médica da Fundação Manoel da Silva Almeida/Hospital Maria Lucinda. Ela explica ainda que a principal diferença entre cefaleia e enxaqueca está na intensidade e nas características da dor. “A queixa da dor de cabeça comum ocorre em qualquer parte do crânio, incluindo o couro cabeludo, pescoço, face e o interior da cabeça. Trata-se de um sintoma recorrente e acomete todas as faixas etárias”, complementa.

Os problemas para o paciente vão bem além da dor: podem haver quedas de rendimento escolar e profissional, afastamentos frequentes, redução da capacidade para atividades físicas e tarefas cotidianas, além de levar a quadros de ansiedade e até de depressão. Existem diferentes tipos de cefaleia, divididas em primárias e secundárias, o que reforça a importância do diagnóstico e tratamento adequados.

Primárias: A cefaleia tensional se caracteriza por dor em pressão ou aperto, bilateral, de intensidade leve a moderada, sem náuseas ou vômitos, geralmente relacionada a estresse e tensão muscular. Já a cefaleia em salva é marcada por dor intensa, curta e repetitiva, acompanhada de lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial e vermelhidão no olho. E a enxaqueca (ou migrânea) é uma dor pulsátil, unilateral, de intensidade moderada a forte, que piora com esforço físico e pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia, osmofobia (aversão a odores) e alterações visuais, sensoriais ou motoras. “A enxaqueca pode acontecer até 15 dias por mês em um paciente; a frequência varia muito conforme o tipo da dor”, conta a médica.

Secundárias: Podem estar relacionadas a doenças como sinusite, meningite, encefalite, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), trombose venosa cerebral, dissecção arterial, tumores cerebrais e hipertensão severa. “Esses quadros costumam ser precedidos por dores de cabeça intensas e persistentes”, explica a especialista.

O diagnóstico da doença deve ser feito por um médico capacitado, como o neurologista. Ele fará uma anamnese detalhada no paciente para saber o local da dor, o tipo, os fatores desencadeantes e de alívio, o horário mais frequente que a dor se apresenta, entre outros fatores. Avaliações físicas e neurológicas também fazem parte do  diagnóstico, além de exames complementares, como tomografias, ressonância magnética, exame de Líquido Cefalorraquidiano (LCR), e laboratoriais. 

A médica Suzana Serra ainda faz um alerta importante para quem se automedica. “Além de mascarar uma condição de saúde mais grave, o uso abusivo de analgésicos pode aumentar a frequência e a intensidade da dor, gerando um ciclo vicioso sem fim”, completa.

É preciso estar alerta aos sintomas pois a dor de cabeça pode significar algo mais grave. “Início súbito e intenso, presença de sinais neurológicos, como déficit motor, desorientação, febre e nuca rígida são alguns dos alertas de que é preciso procurar uma urgência médica o mais rápido possível”, orienta.  

O tratamento é contínuo e deve ser sempre feito com orientação médica. “Ele vai desde o uso de analgésicos ao de oxigênio 100% e drogas de uso controlado. Sessões de fisioterapia também podem auxiliar. O mais importante é nunca se automedicar”, conclui a neurologista.

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