O número de doadores de órgãos no Brasil vem caindo, mas a quantidade de pacientes que aguardam doação cresce. Acabar com essa discrepância é o principal desafio de quem atua no setor de transplantes. Discutir soluções para o problema é a proposta do encontro Nordeste Transplante 2007, que será realizado em Caruaru, Agreste do Estado, de quinta (07/06) a sábado (09/06).

Promovido pela Casa de Saúde Santa Efigênia, de Caruaru, o evento tem o apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), através da Central de Transplantes, e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O encontro contará com a presença de representantes das centrais de captação, notificação e doação de órgãos (CNCDOs) de todos os estados nordestinos e profissionais do RS, SP, RJ e MG.

Além dos debates, o evento contará também com palestras informativas, como a apresentação da professora Irene Noronha, da Universidade de São Paulo, na sexta-feira, às 15h20. Na ocasião, a palestrante apresentará as novidades em imunossupressão (tratamento para evitar a rejeição de órgãos transplantados).

De acordo com o organizador do encontro, o médico Rafael Maciel, uma das propostas é do Nordeste Transplante é discutir a interiorização dos serviços de transplantes, uma atitude que pode estimular doações e diminuir as filas espera. Esse tipo de iniciativa, aliás, já começa a funcionar em Pernambuco: na sexta-feira (8), será inaugurada a Central de Transplantes de Caruaru, que vai operar dentro do Hospital Regional do Agreste.

ESTATÍSTICAS - Segundo levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, apenas seis em cada um milhão de pessoas doou órgãos no País no ano passado. Em 2005, o índice nacional era de 6,3 doadores por milhão de pessoas, enquanto em 2004, foi de 7,2. E a lista de espera conta com cerca de 64 mil pacientes. Somente no Nordeste, são aproximadamente 15 mil aguardando um transplante.