Como em todo o Brasil, um dos maiores desafios é a negativa familiar para doação de órgãos e tecidos. Diante desse quadro, nesta quarta-feira (26), o Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH), em Paulista, comemora a doação da córnea de um paciente de 69 anos, cuja família, mesmo diante da perda de seu parente, foi sensibilizada e autorizou a captação, ofertando uma nova chance a alguém na fila de transplantes.

Com a doação de hoje, o HMA chega a mais de 30 doações consolidadas em 2024, um aumento de 138% em relação a todo o ano de 2023, quando houve apenas 13 doações. O número se deve ao trabalho da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), que atua 24 horas na conscientização de familiares, desde a porta de entrada do hospital até o registro do óbito do paciente.

“Sempre que um óbito é notificado à CIHDOTT, é realizada uma avaliação criteriosa para verificar se aquele paciente pode ser doador. Menos de 15% deles são validados para a doação. Nesse cenário, o número de famílias que recusa o procedimento chega a 60% em alguns períodos. Então, cada doação de órgão autorizada nos enche de força e vontade para continuarmos com nosso trabalho, beneficiando milhares de pessoas que se encontram na fila de espera por um transplante”, explica Lucas Stterphann, coordenador da CIHDOTT/HMA.