Reestruturar toda a rede de laboratórios no Estado, descentralizar o envio das amostras e melhorar a qualidade do exame. Essa é a grande promessa do I Fórum de Rede de Laboratórios de Pernambuco, realizado nos últimos dias 15 e 16 de agosto, no Hotel Canarius Palace, em Boa Viagem, zona sul do Recife.

O evento, promovido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), reuniu cerca de 240 pessoas, entre técnicos e gestores municipais das dez Gerências Regionais de Saúde (Geres).

“Esse será o primeiro passo para facilitar o acesso ao Lacen. Queremos fortalecer nossa relação com os municípios para pactuarmos a descentralização dos serviços e, dessa forma, melhorar o trabalho dos laboratórios”, diz a diretora do Lacen, Terezinha Tabosa. “É uma aproximação que tende a continuar”, completa.

Com relevância nacional, o evento contou com palestrantes do Centro Geral de Laboratórios (CGLAB), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, Instituto Pasteur, Instituo Nacional do Câncer e da SES.

No círculo de palestras do primeiro dia, foram debatidos temas relacionados à importância do controle de qualidade nos laboratórios, bio-segurança no diagnóstico, prevenção e controle de doenças, além de políticas públicas de saúde.

No último dia de evento, os profissionais de saúde dos municípios participantes do fórum puderam discutir e expor as experiências bem-sucedidas em seus laboratórios, além de participar de oficinas de capacitação. 

Rede – Em Recife, o Lacen dá o suporte essencial para a rede municipal de saúde, recebendo as amostras para realização de exames da grande maioria das 185 cidades pernambucanas. São mais de 76 mil solicitações que chegam mensalmente ao laboratório, que analisa desde exames de sangue a casos de meningite e HIV. Um dos pontos que serão discutidos durante o Fórum de Rede de Laboratórios de Pernambuco é a descentralização do Lacen, com o intuito de agilizar os trabalhos e, por sua vez, melhorar a qualidade do diagnóstico laboratorial. 

“Essa é uma idéia ainda inicial. Pretendemos criar outras unidades do Lacen no interior do Estado, a exemplo das que já temos em Garanhuns e Caruaru, para receber grande parte das solicitações que chegam até o nível central”, contou o assessor da Diretoria do Lacen, Marcelo Antunes. Segundo ele, por conta da distância entre municípios e nível central do Laboratório, algumas amostras que precisam ser entregues a tempo ou que necessitam estar em temperaturas específicas são danificadas, o que reduz a qualidade do exame. “Se conseguirmos que essa idéia tenha sucesso, implantando outras unidades, o paciente não precisará se deslocar até aqui, além de podermos aumentar a qualidade do nosso diagnóstico e diminuir o tempo para se obter o resultado”, ressaltou Marcelo Antunes.