A Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde é uma das finalistas do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, o mais importante do Norte-Nordeste. Com uma campanha sobre a Central de Transplantes (CT-PE), a equipe da SES disputa com outros dois trabalhos na categoria Assessoria de Imprensa. Em seus 13 anos de existência, essa é a primeira vez que uma assessoria de imprensa de um órgão público fica entre os finalistas. O vencedor será conhecido na próxima quarta-feira (24 de janeiro), em uma festa promovida pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) nos jardins do Museu da Cidade do Recife, Forte Cinco Pontas, a partir das 20h.

A idéia do projeto surgiu com a elaboração da 1ª Campanha Estadual de Doação de Órgãos, cujo tema foi “Quem Doa Órgãos, Salva Vidas”. Programada para ocorrer entre 10 de abril a 10 de maio de 2006, a mobilização visava alavancar os transplantes no Estado. Na época, seis mil pessoas aguardavam na fila de espera por um órgão.

Apaixonados pelo tema, os jornalistas Gianny Araújo, Marlise Nadler, Paula Salazar, Suzana Mont´alverne e Thiago Nunes traçaram uma estratégia de manter o tema em foco na mídia durante todo o mês. Considerando que os veículos de comunicação se abastecem de notícias “quentes” (novas ou surgidas de fatos muito recentes), essa missão foi cumprida com a formulação diária de pautas e cada uma com um enfoque diferente, de modo a atingir todos os veículos e editorias, não apenas aquelas que normalmente cobrem o assunto, como Cidades (Jornal do Commercio), Vida Urbana (Diário de Pernambuco) e Grande Recife (Folha de Pernambuco).

Com um saldo impressionante de 133 inserções na mídia, sem levar em conta nenhuma peça publicitária, a campanha chegou ao fim com números expressivos. Em 30 dias de mobilização, a CT-PE contabilizou 110 procedimentos - 2 corações, 54 córneas, 3 escleras, 7 fígados, 15 rins, 10 medulas ósseas e 19 membranas amnióticas. Esse saldo da campanha representou um aumento de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram realizados 80 transplantes. Comparando abril de 2006 com o mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 50%. Do ponto de vista técnico, seria impossível afirmar que a campanha de mídia foi a mola principal da doação de órgãos. Porém, levando-se em conta a importância da comunicação e também os números da central, se comparados aos anos anteriores, seria sensato considerar o peso comunicação no somatório das forças.

Para coroar o ano, em dezembro de 2006 a central quebrou seu recorde em 11 anos de existência, alcançando 1.029 operações bem-sucedidas, contra mil da marca anterior. Mais de mil vidas salvas, prolongadas ou que ganharam um novo sentido. E para nós, da Assessoria de Imprensa da SES, foi um orgulho ter participado desse processo que, bem acima de um apaixonante trabalho, representou uma causa em defesa da saúde e da vida. Seja um doador, salve vidas! 

 

Doação – O primeiro passo para o transplante deve ser dado pelo possível doador, ao informar a família sobre sua intenção de doar. No caso de morte encefálica (cérebro paralisa suas funções, mas o coração permanece batendo) do paciente, os parentes devem procurar o médico responsável para assinar um termo de doação. A partir daí, a central encaminhará o órgão para um receptor compatível. A decisão deve ser rápida, para que o transplante seja bem-sucedido. Vale salientar que o corpo do doador não fica mutilado, como muita gente pensa. É fundamental lembrar ainda que a idade não determina se alguém pode ou não ser um doador. Os pré-requisitos são os mesmos exigidos para um doador de sangue: não apresentar doenças contagiosas (a exemplo de hepatite e aids), câncer com metástase, leucemia e ter sido usuário de drogas. Mais informações sobre transplantes podem ser obtidas através do telefone 0800-281-2185.