Nesta segunda-feira (18.06), o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa do Hospital Agamenon Magalhães, em Casa Amarela, está completando seis anos de atividades. As mulheres vítimas de agressões morais, físicas ou sexuais contam com apoio psicológico, jurídico e médico durante 24 horas, de domingo a domingo.

Com uma estrutura especializada para esse tipo de atendimento, o Wilma Lessa funciona na emergência do HAM. Na entrada, há a recepção onde é feita uma triagem pela assistente social e, em seguida, vem um consultório médico com sala de exame, um posto de enfermagem, sala de atendimento psicológico, quarto de repouso para as pacientes e espaço para descanso dos profissionais plantonistas.

Entre as ações prestadas no HAM estão: o fornecimento de pílulas do dia seguinte para casos de estupro, orientação sobre os direitos, tratamento médico e psicológico. As pacientes ainda passam por um acompanhamento para realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) e para prestar queixa na Delegacia da Mulher. Caso elas desejem denunciar os agressores, o sigilo total das informações é garantido. O serviço inclui ainda os protocolos contra DST HIV e aborto previsto em lei - tipos de serviço que são rigorosamente analisados por uma junta médica.

O local, que em 2004 ganhou seu atual nome, uma homenagem à jornalista pernambucana que lutou pela defesa das mulheres e pela implantação de delegacias especializadas, conta com um quadro de nove médicos, sete enfermeiras, cinco psicólogas e três assistentes sociais, equipe que foi ampliada recentemente.

"Pernambuco tem hoje um serviço especializado que conta com profissionais altamente qualificados. E no atual cenário em que o Brasil se encontra de combate à violência, o Wilma Lessa tem mostrado a importância de preencher está lacuna social", afirma a coordenadora do Serviço, Iesa Vilanova.

O centro faz uma média de 140 atendimentos por mês. Desde de sua inauguração, em 18 de junho de 2001, já foram registradas mais de três mil mulheres vítimas de agressões, entre físicas, sexuais e psicológicas. "Um terço dessas mulheres retornam para continuar o acompanhamento, o que mostra a relevância do atendimento humanizado", conclui Iesa. O telefone do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa é o 3184.1739 ou 1740.