Mais de 80 coordenadores municipais de saúde bucal se reuniram na última quarta-feira (16/05), no auditório da Secretaria Estadual de Saúde (SES), para discutir a respeito das experiências positivas e negativas das ações no setor. O evento, compreendido como um estreitamento dos laços entre Estado e municípios, serviu como um prenúncio para implementação de um novo plano para saúde bucal estadual.

A intenção do encontro também foi o estabelecimento de uma carta de intenção, com metas bem definidas para esse e os próximos anos de Governo. “Pretendemos, assim, melhorar os serviços de saúde bucal, fortalecendo a atenção básica em todo o nosso Estado”, afirmou o coordenador de Atenção à Saúde Bucal, Oswaldo Negrão. Quebrando as formalidades, o encontro foi realizado através de rodas de conversas e debates, onde as discussões também foram ampliadas.

Vindo do município de Vertentes, localizado a mais de 150 km do Recife, o coordenador de saúde bucal Milton Bezerra afirmou que o encontro, além de permitir a troca de experiências, auxilia os gestores a entender as políticas públicas na área da saúde do novo Governo. “Com a mudança de gestão, esse encontro nos auxilia a compreender as diretrizes que vão nos nortear de agora em diante”, disse.

Já a coordenadora de João Alfredo, Elane Diniz, salientou o intercâmbio de informações entre municípios. “A importância desse evento reside justamente no fato de a gente entender como anda o nível de desenvolvimento de cada município na área de saúde bucal. Além disso, as palestras servem, para nós, como uma capacitação”, contou.

Para que as discussões a respeito das políticas públicas fossem consistentes, foram convidados representantes do Conselho Estadual de Saúde e do Regional de Odontologia; da Associação Brasileira de Odontologia (ABO); do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Pernambuco, entre outros.

Políticas de saúde bucal – Segundo o coordenador estadual de Saúde Bucal, Oswaldo Negrão, Pernambuco possui em seu território 924 equipes de saúde bucal, atreladas ao Programa de Saúde da Família. A maioria delas são formadas por um dentista e um auxiliar de consultório dentário e atende no próprio posto de saúde. “A marcação da consulta deve ser feita no próprio posto, ficando por conta do município a coordenação da mesma”, contou Oswaldo Negrão. Ele informou também que recursos do Ministério da Saúde são enviados diretamente aos cofres municipais para que seja executado o serviço de saúde bucal. É papel do Estado acompanhar o serviço e traçar, ao lado dos municípios, as diretrizes para o plano de saúde bucal.