A Secretaria Estadual de Saúde, gestora do Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco, está ampliando e especializando os serviços médicos para a população. Para ofertar maior número de exames, consultas e leitos de internamento nas áreas de urgência, oncologia, cardiologia e atendimentos de média complexidade, a SES solicitou credenciamento de serviços já prontos e o aumento dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde para o custeio do SUS.

Atendendo a cerca de 90% da população do Estado, o SUS é financiado com R$ 590 milhões repassados anualmente para Pernambuco pelo Fundo Nacional de Saúde. Essa verba, porém, não é suficiente e os estados cobrem a diferença, que aumenta ano a ano. Em reunião ocorrida neste mês com o ministro da Saúde, Agenor Álvares, o governador Eduardo Campos e o secretário de Saúde Jorge Gomes solicitaram o reajuste mensal de R$ 6,6 milhões no custeio do sistema, o que representa R$ 79,2 milhões por ano. O último aumento do Fundo Nacional de Saúde para o Estado ocorreu em 2004, com majoração de R$ 2,4 milhões/mês. De lá para cá, a população cresceu, envelheceu, empobreceu e novos serviços de saúde foram incorporados ao sistema.

Na audiência, o ministro considerou a reivindicação justa e recebeu do governador uma planilha sugerindo o reajuste dos valores a serem repassados para as unidades de saúde que aumentaram sua produção de serviços. A solicitação do novo teto se justifica com a abertura do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), implantação de 91 novos leitos de UTI (já em funcionamento) e construção de outros 49, inauguração do Hospital de Urgência e Trauma de Petrolina e a abertura de um serviço de radioterapia no Imip. Além disso, a rede assistencial alta complexidade foi organizada e ampliada na área de oncologia, com aumento da oferta de cirurgias e exames em medicina nuclear, ressonância magnética, tomografia computadorizada e angiografia.