O Hospital da Mirueira, em Paulista, inaugurou no último dia 12/06 seu novo núcleo de reabilitação física, que foi ampliado, modernizado e ganhou equipamentos de fisioterapia. Como o hospital é a maior referência estadual para o tratamento da hanseníase, o núcleo é especialmente importante porque possibilita um melhor tratamento dos pacientes, já que a doença em estágio avançado pode acarretar perda de massa muscular e até de membros.

O setor conta com equipamentos de fisioterapia e ginástica como bicicletas ergométricas, halteres, caneleiras, bolas de bobath, barras, próteses, cadeiras de rodas e estepes, além de leitos. A estrutura do local conta também com salas para atendimento em psicologia, serviço social, fonoaudilogia, terapia ocupacional e também uma copa. O acompanhamento dos pacientes será feito por profissionais dessas áreas e também por estudantes de universidades conveniadas com o hospital. Alunos de Fisioterapia da Unicap, por exemplo, auxiliarão nos trabalhos.

“Antigamente, havia um forte preconceito contra os pacientes de Hansen, mas isso mudou e a sociedade acolhe melhor os doentes. O apoio psicossocial é tão importante quanto o tratamento médico”, disse o secretário Jorge Gomes, durante a inauguração. Gomes lembrou ainda que o Hospital da Mirueira é apenas um entre outros centros de reabilitação física que serão inaugurados nesta gestão. Ao todo, a Secretaria Estadual de Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde, está investindo R$ 466 mil na construção, ampliação e modernização de núcleos em 17 hospitais de Pernambuco, entre eles a Restauração, o João Murilo (Vitória de Santo Antão) e o Regional do Agreste (Caruaru).

Também especializado em alcoolismo, o Hospital da Mirueira possui 174 leitos, todos destinados ao Sistema Único de Saúde. Além de dependentes químicos e portadores de hanseníase, o Hospital atende pacientes de diversas especialidades médicas e seu ambulatório chega a receber, por mês, cerca de 4,5 mil pessoas. Atualmente, há 4.262 pessoas se tratando da hanseníase no Estado, sendo que 68% dos doentes estão na Região Metropolitana.