O governador Eduardo Campos conheceu nesta terça-feira (17/07), no Palácio do Campo das Princesas, detalhes do projeto do Hospital Metropolitano Norte (HMN), que será construído no município de Paulista, no cruzamento entre a BR-101 Norte e a PE-15. Na ocasião, foi apresentada, através de um sistema de projeção, uma maquete digital do hospital, cujas obras se iniciam em novembro deste ano e terminam em agosto de 2008.

Na última sexta-feira (13/07), a maquete digital ou anteprojeto foi apresentado ao secretário Jorge Gomes e aos gestores da Secretaria Estadual de Saúde. A planta digital foi avalizada pelo governador e a previsão é de que o edital de licitação da obra seja publicado no dia 20 de agosto deste ano. Com a homologação da concorrência pública, há um prazo mínimo de 45 dias para a abertura das propostas.

“Em apenas seis meses, já conseguimos o terreno, realizamos o projeto e iniciaremos a licitação a obra”, disse o governador. Segundo o secretário Jorge Gomes, o HMN terá um impacto direto na saúde da região. “Hoje, 26% dos atendimentos na emergência do HR são de pessoas vindas desses municípios. No Getúlio Vargas, esse percentual chega a 40%. Queremos evitar esse deslocamento”, explicou o secretário.            

Todo o processo de construção da unidade está seguindo os critérios técnicos de engenharia e arquitetura e os trâmites legais exigidos pelo Tribunal de Contas do Estado. “Para ganhar tempo, além de incluir o projeto executivo e as obras numa mesma licitação, estaremos licitando paralelamente os equipamentos, para que os aparelhos já estejam disponíveis quando a estrutura ficar pronta”, explica Tercília Vila Nova, gestora responsável pelo HMN. Em todo o projeto, o Governo do Estado investirá cerca de R$ 30 milhões, sendo R4 15 milhões na obra física e a mesma quantia em máquinas e instrumentos médicos.   

Atendendo a todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda aos critérios de humanização do atendimento (boa sinalização dos setores, acesso fácil para deficientes físicos e local para acompanhantes), o HMN terá quatro pavimentos e uma área de 11 mil metros quadrados. O terreno onde o hospital será erguido foi escolhido após um minucioso estudo técnico que avaliou acessibilidade pela população e ambulâncias, condições topográficas e proximidade com as cidades ao norte da RMR e da Mata Norte carentes nesse tipo de serviço (Goiana, Itambé, Condado, Itaquitinga, Itapissuma, Araçoiaba, Itamaracá, Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda). Nessas cidades, há uma população de mais de um milhão de pessoas.

Contando com 150 leitos e oferecendo serviços em cardiologia, urgências e emergência, clínica média, cardiologia, neurologia e traumato-ortopedia, o HMN terá capacidade para realizar 62.496 atendimentos e 23.776 internações por ano.

Preocupação ambiental - Outra peculiaridade na construção do Hospital Metropolitano Norte é preocupação com a ecologia. Além de possuir um sistema próprio de tratamento dos resíduos, a unidade terá dispositivos para aproveitar a energia solar e a água das chuvas, reduzindo gastos com esses dois insumos. O projeto também preservou a área verde do terreno, tornando, apesar da dor e do sofrimento, o ambiente mais agradável para pacientes e acompanhantes.