"É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar. Porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir. Viva a Secretaria Estadual de Saúde! Viva o Sistema Único de Saúde! Venceremos!". Foi com as palavras do educador e filósofo pernambucano Paulo Freire que o secretário estadual de Saúde, André Longo, encerrou o discurso de fechamento da gestão à frente da pasta. O corpo técnico do órgão se reuniu no auditório da sede da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife, para fazer um retrospecto dos quatro anos (2019 a 2022) de trabalho liderado pelo médico cardiologista.

Ao lado dos seus secretários executivos, Cristina Mota, de Atenção à Saúde; Giselle Fonseca, de Regulação em Saúde; Patrícia Ismael, de Vigilância em Saúde; Fernanda Tavares, da Gestão do Trabalho e Educação em Saúde; Humberto Antunes, de Gestão Estratégica e Participativa; e Caio Mulatinho, de Administração e Finanças, Longo ressaltou a importância do trabalho coletivo dos trabalhadores da pasta durante os últimos quatro anos para enfrentar a pandemia da Covid-19. "Hoje eu participei de uma reunião do Conselho Nacional de Saúde e, dos 27 estados, apenas quatro secretários concluíram a gestão de quatro anos. Por isso, eu acho que somos vitoriosos. Mantemos, ao longo desse tempo, uma equipe coesa, com importantes serviços prestados à população pernambucana. Cada um aqui deu o seu máximo nos momentos de maior dificuldade que a saúde pública de Pernambuco já passou, desde o trabalho do recepcionista até o meu trabalho. Essa foi uma gestão completa, com uma resposta à altura da pandemia da Covid-19. Eu me sinto extremamente feliz por completar esse ciclo de gestão com a sensação de dever cumprido", pontuou, emocionado, o secretário. 

Longo também reforçou a dedicação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, no acompanhamento e tomada de decisões na saúde, uma das áreas mais importantes e desafiadoras durante a pandemia. "É preciso reconhecer o trabalho do governador Paulo Câmara, um homem sereno, correto e justo, que não deixou faltar nada que foi preciso durante este tempo. Nós conseguimos entregar mais saúde para a população devido à confiança do governador e sua equipe, que viu a saúde como verdadeira prioridade. Para se ter ideia, tivemos mais de 1 milhão de casos da Covid-19 em nosso Estado. E, desses, mais de 60 mil foram casos graves, pacientes que ficaram internados sob risco de perder a vida. No pior momento da pandemia, em 2021, tivemos a segunda menor taxa de mortalidade pela doença. E com o nosso trabalho e dedicação, conseguimos salvar, ao menos, mais de 38 mil vidas", afirmou o secretário. 

André Longo pontuou, ainda, os desafios e oportunidades neste momento de transição de gestão - tanto a nível estadual, como a nível federal. "A gente deve ter dias melhores no SUS federal. E também temos a esperança de que os que assumam a gestão da Saúde em Pernambuco não se utilizem da beligerância para interromper políticas públicas de saúde que têm tudo para dar certo e que estão dando certo. A gente acredita no trabalho, mesmo que de oposição, mas esperamos que se reconheça o que está dando certo e que se façam as mudanças necessárias, mas sempre com cuidado", refletiu. 

Trigésimo secretário de saúde de Pernambuco, Longo é formado pela Universidade de Pernambuco (UPE) em medicina. Especialista em cardiologia pela Comissão Nacional de Residência Médica e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e servidor público estadual desde 1997, André Longo foi eleito por duas vezes presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), cargo que exerceu entre 2002 e 2006. Em seguida, foi eleito à presidência do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), cumprindo mandato entre 2008 e 2011. Entre 2012 e 2015, presidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com sede no Rio de Janeiro. Em seguida, em janeiro de 2015, foi convidado pelo Governador Paulo Câmara para assumir a presidência do Instituto de Recursos Humanos (IRH), cargo que exercia antes de assumir a gestão da Secretaria Estadual de Saúde.