O Hospital Getúlio Vargas (HGV) promoveu, na última quinta (20/07) e nesta sexta-feira (21/07), um mutirão para a realização de cirurgias ortopédicas pediátricas. O HGV reuniu a equipe de ortopedia para executar intervenções como tenotomia (incisão do tendão flexor digital superficial), acetabuloplastia (reconstrução da borda acetabular dorsal), além de efetuar correções de osteomielite e de joelho. No total, foram feitos 13 procedimentos, em dois dias.

A iniciativa faz parte do Programa Cuida PE, uma ação do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), que visa reduzir a fila de espera para procedimentos cirúrgicos eletivos em diversas especialidades.

No HGV, as cirurgias eletivas contemplaram a reversão de patologias congênitas, dando maior qualidade de vida para aqueles pacientes que já nasceram com alguma limitação ou anomalia estrutural, e patologias adquiridas, quando a pessoa passa a ter uma deficiência em decorrência de lesão ou trauma, ao longo da vida. Os procedimentos cirúrgicos são de média e alta complexidade, com alguns levando cerca de 4 a 5 horas para a conclusão.

Os procedimentos cirúrgicos realizados no mutirão são ainda mais importantes quando feitos nos primeiros anos de vida, promovendo maior êxito no resultado. “A missão desses mutirões é ajudar os pacientes com má formação congênita, paralisia cerebral, deformidades e síndromes raras a melhorar a sua qualidade de vida, amenizando limitações, sofrimento e dando a eles maior independência. Esse é o maior legado do mutirão”, destaca Epitácio Rolim Filho, Coordenador do Departamento de Ortopedia do hospital.

De acordo com o médico residente participante do mutirão, Iuri de Brito Nóbrega, a cirurgia eletiva traz inúmeros benefícios para as crianças. “A qualidade e o estilo de vida dos pacientes após as cirurgias é bem melhor, principalmente os que realizam procedimentos no quadril, devido a paralisia cerebral. As crianças param de sentir dor, e as famílias se sentem mais aliviadas para manejá-las em sua higienização e limpeza. Já os pacientes que possuem o pé torto congênito, após a cirurgia de tenotomia, conseguem ter uma melhora em sua locomoção”, explica Iuri.