A obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante. Uma epidemia global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de um bilhão de adultos, em todo o mundo, está acima do peso — desses, 500 milhões são considerados obesos. Entre as crianças, mais de 40 milhões, com idade até cinco anos, compõem essa faixa perigosa. Esses números tendem a aumentar. Estima-se que, até 2025, aproximadamente mais 167 milhões de pessoas – adultos e crianças – ficarão menos saudáveis por sobrepeso ou por obesidade. 

Controlar essa doença é uma das habilidades do médico endocrinologista, que é especialista em sistemas hormonais e metabólicos do corpo. Os profissionais possuem conhecimento técnico para investigar o ganho de peso não saudável e auxiliar na identificação de outras condições que podem contribuir para o excesso de peso, como distúrbios da tireoide, síndrome dos ovários policísticos e diabetes. No Brasil, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 6,5 milhões de pessoas atingiram a obesidade no ano de 2022.

De acordo com Carla Moura, médica endocrinologista, são considerados obesos os casos de sobrepeso com IMC igual ou maior que 30. “A maior parte das vezes a causa da obesidade está associada aos erros alimentares e ao sedentarismo, que geram o acúmulo de gordura. E o problema está nas disfunções provocadas por essa doença, como o aumento da pressão arterial, diabetes, colesterol elevado. Todos esses fatores colaboram para o risco de infarto, AVC e outras complicações”, afirma Carla Moura. 

Segundo a médica, a obesidade não tem cura, mas tem controle. “Nosso papel enquanto endocrinologistas é orientar o paciente a se alimentar melhor, praticar exercícios físicos, ou seja, modificar o estilo de vida. E, quando indicado, prescrever tratamento medicamentoso”, completa a especialista.

Nesta sexta-feira, 1º de setembro, no Dia do Endocrinologista, há o reforço de que a obesidade é uma condição complexa, que envolve uma interação de fatores genéticos, metabólicos, psicológicos e ambientais. E, por isso, é tão importante contar com a orientação e o apoio de um especialista para enfrentar a doença de maneira eficaz.