O Helicóptero de Suporte Avançado de Vida PRF-Samu realizou no último dia 21/03, sua primeira operação de resgate. Com previsão de chegada às 16h20, a aeronave pousou no campo do Quartel do Derby trazendo da cidade de Arapiraca, em Alagoas, uma índia da tribo fulni-ô. Maria Cristiane Ribeiro, 27, mora em Águas Belas, no Sertão de Pernambuco, e desde o dia 18 de fevereiro estava internada em uma unidade de saúde do município alagoano, após sofrer um grave acidente de carro. Ao aterrissar, a índia foi levada por uma UTI móvel do Samu para o Hospital Getúlio Vargas, onde será submetida a uma cirurgia na coluna.

Maria Cristiane sofreu um trauma raquimedular e teve uma lesão na quinta vértebra da coluna. Ela fará uma complexa operação no HGV, referência em cirurgia de coluna e neurocirurgia, para alinhar a coluna e evitar uma lesão na medula, o que poderia dificultar sua respiração e provocar sua morte. Devido à urgência do caso e também à necessidade de uma locomoção rápida, a aeronave foi acionada. Como a agilidade no atendimento pode ser o limite entre a vida e a morte para vítimas de violência, acidentes de automóveis ou infartos, principalmente se ocorridas longe das grandes emergências, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) firmou uma parceria com a Prefeitura do Recife e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a viabilização de um Helicóptero de Suporte Avançado de Vida. Neste convênio, a SES será responsável pelo fornecimento das equipes médicas que ficarão de plantão no helicóptero, enquanto a Polícia Rodoviária Federal doou a aeronave.

A regulação foi feita pela Prefeitura do Recife, através do Samu (192). A utilização do meio aéreo só poderá ser solicitada por um médico de uma ambulância do Samu que, ao verificar in loco a gravidade do caso, avalie que não é viável fazer a locomoção por terra. A aeronave abrangerá todo o Estado de Pernambuco, além de poder dar suporte para estados vizinhos. Ela será equipada com aparelhos como desfibrilador externo-automático, oxímetro (medir oxigenação do sangue), monitores e medicamentos necessários para configurá-la como UTI aérea. E a equipe, fornecida pela SES, será composta pelo comandante, um operador de atividades especiais da PRF, um médico e um enfermeiro do Samu Metropolitano.