Médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde de hospitais públicos e privados receberam, no último dia 29/03, uma atualização para diagnóstico e tratamento da dengue e da leptospirose, doenças cuja incidência aumenta no período das chuvas. À oficina, promovida pela Secretaria Estadual de Saúde no auditório do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), compareceram cerca de 200 pessoas.

As aulas para os profissionais de saúde foram dadas por dois médicos, um técnico do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) e outro da Vigilância Epidemiológica da SES. Na ocasião, os especialistas apresentaram dados atualizados das duas doenças, as novidades no tratamento e estudos sobre os casos. Também foram abordados o diagnóstico epidemiológico, a importância da notificação da doença, o diagnóstico laboratorial e conduta terapêutica para pacientes com leptospirose e dengue. Três casos notificados como dengue foram estudados pela platéia, que interagiu com os palestrantes.

"Precisamos ficar atentos não apenas para os sintomas e possíveis tratamentos, mas também para o pode ser feito para prevenir essas doenças", afirma Tiago Feitosa, gerente-geral de assistência a saúde da SES. Devido a enchentes e alagamentos decorrentes das chuvas, entre maio e julho, os casos das duas doenças, transmitidas através da urina do rato, no caso da leptospirose, e pelo mosquito aedes aegypti, no caso da dengue, aumentam. "Se houver suspeita das doenças, a população pode se encaminhar para qualquer unidade de saúde, e não apenas os hospitais que são de referência no Estado", explica o infectologista Vicente Vaz, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz.

Segundo Vicente, ao chegar a uma unidade hospitalar, o paciente é avaliado de acordo com a gravidade, e o tratamento vai desde um simples atendimento ambulatorial até mesmo a internamento em uma UTI. Os sintomas mais apresentados pelos doentes de leptospirose são febre, dores musculares (panturrilha), dor de cabeça e vômito. Já a dengue é caracterizada por febre alta, dor de cabeça e nas articulações, moleza no corpo e cansaço. Também é comum aparecer náuseas, falta de apetite, diarréia e manchas avermelhadas na pele. Os hospitais Oswaldo Cruz, das Clínicas e o Barão de Lucena são as principais referências no tratamento da dengue hemorrágica, o tipo mais perigoso da doença, e também da leptospirose.