Nesta sexta-feira (18/11) e sábado (19/11), 170 profissionais de saúde, que atuam em hospitais das redes pública e privada de todo o Estado, participam do curso de formação de coordenadores intra-hospitalares de transplantes. A capacitação, organizada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, com o apoio da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), será realizada no Hotel Manibu, em Boa Viagem, a partir das 9h.

As palestras serão ministradas pelo coordenador de Transplantes do Rio de Janeiro, Eduardo Rocha, pela coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, além de médicos do Hospital da Restauração e de profissionais que atuam na captação de órgãos nos Estados de São Paulo e Santa Catarina. O objetivo é capacitar médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais para que eles atuem em suas unidades como multiplicadores, sensibilizando outros profissionais e familiares.

“A doação de órgãos e tecidos é fundamental para a vida dos pacientes que têm como única alternativa o transplante. Assim, o papel dos profissionais da saúde é vital para o diagnóstico da morte encefálica, manutenção adequada do potencial doador e para o acolhimento familiar”, explica a coordenadora da CT-PE, Zilda Cavalcanti.

Doação - Os órgãos e tecidos que podem ser doados, após o diagnóstico de morte encefálica (morte irreversível do córtex e tronco cerebral), em Pernambuco são: coração, fígado, córneas, rins, pâncreas e medula óssea.  A decisão de doar órgãos deve ser comunicada à família, pois a doação deve ser consentida pelo familiar de até 2º grau. Esta decisão deve ser rápida, para que o transplante seja bem-sucedido. Vale salientar que o corpo do doador não fica mutilado e que a idade não determina se alguém pode ou não ser um doador. Mais informações sobre transplantes podem ser obtidas através do telefone 0800-281-2185.

Dados - Este ano, de janeiro a outubro, foram realizados 880 transplantes em Pernambuco, um acréscimo de 17% em comparação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a fila de espera por um transplante ainda é grande, com mais de 3 mil pessoas.  Atualmente, 1.859 aguardam um rim, 1.319 precisam de córneas. Há, ainda, 179 demandas por doações de fígado, 5 de pâncreas e 6 de coração.