A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Coordenação de Qualidade e Segurança do Paciente e com apoio do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente (NSP), realizou nesta quarta-feira (30.11) o VII Fórum Estadual de Segurança do Paciente de Pernambuco. O evento aconteceu no auditório da sede da SES, no Bongi, das 9h às 12h, e reuniu gestores e profissionais de saúde. As palestras foram ministradas pela  coordenação de Qualidade e Segurança do paciente da SES e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA.

O VII Fórum trouxe na programação, as coordenadoras de qualidade e segurança do paciente - SES-PE, Érika Lopes e Carla Araújo abordando o tema "Avanços na segurança do paciente: resultados alcançados e perspectivas futuras", em conjunto com Kátia Pires,  da  Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA. O simpósio contou ainda com a premiação da 1ª mostra de pôsteres de experiências exitosas das unidades da  rede colaborativa de segurança do paciente da Rede Estadual e entrega de certificado de participação pelo Núcleo Estadual de Segurança do Paciente.

A segurança do paciente tem como objetivo minimizar a um mínimo aceitável os danos ocorridos aos pacientes por falhas não intencionais relacionadas à assistência, os chamados eventos adversos (OMS, 2014). Estes podem ocorrer por inúmeros fatores, geralmente com vários atuando de modo simultâneo e sucessivo, levando a ações inseguras que causam dano ao paciente de diferentes formas e graus. "O objetivo do fórum é disseminar os conceitos relacionados à segurança do paciente nas instituições de saúde, sensibilizando gestores e profissionais, no sentido de fomentar a centralidade do paciente como prioridade estratégica é a forma de inovar ao desenvolver a cultura da melhoria contínua da assistência", esclarece a  coordenadoras de qualidade e segurança do paciente - SES/PE, Érika Lopes.

As metas internacionais de segurança do paciente constituem na prática assistencial mais segura para o paciente e para o profissional que o assiste. Entre as ações que devem ser adotadas estão: a identificação do paciente; prevenção de lesão por pressão; comunicação efetiva; cirurgia segura; prática de higienização das mãos nos ambientes de saúde; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos e prevenção de quedas. "A Segurança do Paciente é um componente essencial da qualidade do cuidado e, em todo o mundo, vem ganhando importância cada vez maior nas instituições de Saúde, como forma de contribuir para uma assistência segura e de qualidade", completa a Superintendente de monitoramento de indicadores  de qualidade e segurança do paciente  - SES/PE, Carla Araújo.

Segurança do paciente - A OMS considera a segurança do paciente uma prioridade global em saúde, dada sua dimensão e gravidade, estatísticas mostram que falhas na assistência à saúde atingem 1 em 10 pacientes hospitalizados em países de média e alta renda e estima-se que 1 em 4 nos hospitais de baixa renda. Os eventos adversos ocorrem em todas as instâncias assistenciais, desde cuidado domiciliar e atenção básica à saúde a hospitais de alta complexidade.

No Brasil, a taxa de incidência na atenção básica em saúde chegou a atingir 6,9% dos pacientes, o que foi equivalente a 60 mil pessoas em 2015, sendo que dos eventos percebidos, 66,7% deles eram preveníveis.  Estima-se que a mortalidade decorrente de falhas relacionadas à assistência em saúde (desde planejamento, gestão, ambiência e fluxos a ações inseguras) está certamente dentre as primeiras cinco causas de mortalidade, talvez até como primeira ou segunda.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) tem atuado com articulações internas no nível central, com projetos nas unidades hospitalares e upas, além de inserção dos NSP nas unidades próprias, incentivando a implementação do Programa nacional e do Plano Estadual de segurança do Paciente elaborado e publicado em 2020. O estado de Pernambuco tem a inserção da segurança do paciente desde os primórdios com projetos como o Proadi SUS em parceria com hospitais de excelência desde 2009, criação da coordenação estadual de segurança do Paciente em 2015 e o núcleo estadual de segurança do Paciente, instâncias de apoio  à fomentação  da cultura de segurança do paciente  no estado, nas unidades estaduais.