Neste 14 de agosto, no qual é comemorado o “Dia do Cardiologista”, há a celebração de um profissional médico cuja missão é árdua e complexa. E, embora a atualidade traga evolução de métodos e tratamentos, ainda é um desafio cuidar do órgão que, adoecido, mais mata pessoas no Brasil - anualmente, no País, são registrados mais de 30 mil óbitos. Tem-se motivos diversos, mas o coração sofre, e muito, com o estilo de vida moderno, com a correria e o tempo escasso para comer bem, a falta de exercícios e de controle dos fatores de risco. A lembrança desse especialista marca esta segunda-feira, mas, no entendimento geral de quem cuida, todo dia é dia de dar o melhor para o coração.

A data remonta a 80 anos atrás. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) padronizou os protocolos do atendimento cardiológico na época - antes uma área da clínica médica -, para ajudar de forma padronizada e formar profissionais voltados para a área das doenças cardiovasculares.

“A celebração do Dia do Cardiologista está nesta data. A gente não tem um mês, uma cor, para chamar atenção para a saúde cardiovascular. Nós entendemos que a prevenção é contínua. Então, mesmo com a semana do coração, em setembro, a nossa orientação é continuada, tem que ser sempre. Pelas mortes causadas por essas doenças do coração, já demonstra o entendimento que a saúde cardiovascular é primordial”, afirma o cardiologista Giordano Parente, do Hospital Agamenon Magalhães (HAM).

A prevenção é uma palavra muito usada pelos cardiologistas. Pelo envelhecimento da população, o aumento da média de vida dos brasileiros, há um crescimento perceptível nos atendimentos, seja na rede pública ou privada, segundo o médico. Como já existe um desafio natural de prestar cuidado a tantas pessoas, optar pela cautela prévia, a fim de dificultar as coisas para a doença no sistema circulatório, é uma ação mais que válida - talvez obrigatória para muitos. Por isso, o investimento na informação. Na ideia de que a pessoa precisa se alimentar bem, ir aos médicos com regularidade e dizer não ao sedentarismo.

Ao lado dos cuidados, a cardiologia moderna pode se gabar de ser uma especialidade que dispõe de tratamentos diversos e métodos de última geração para diagnosticar as doenças que podem levar ao infarto, por exemplo. “A cardiologia é ampla, seja ambulatorialmente, a invasiva, os procedimentos cirúrgicos, a cardiologia intensivista, a cardiologia de consultório. Todos atendem aos níveis de atividade. A área está em grande processo de evolução, que, associada à prevenção, pode trazer resultados mais satisfatórios no presente ”, conclui Giordano Parente. 

Há alguns sintomas, no esforço físico, que podem indicar problemas cardíacos. Se liga neles:

1 - Dor ou desconforto no peito: aperto, pressão ou queimação;

2 - Falta de ar: ofegante mesmo com um esforço leve;

3 - Palpitações: um ritmo cardíaco irregular ou acelerado;

4 - Tontura ou desmaio: vertigem ou desmaio;

5 - Fadiga extrema: esgotamento rápido até em atividades moderadas.