A esquistossomose, as geohelmintíases e a filariose são doenças silenciosas que acometem significantemente os municípios pernambucanos, são causadas por vermes, e encontram na relação do homem com o meio ambiente suas formas de transmissão.

 

Reduzir/eliminar a esquistossomose, as verminoses e a filariose em Pernambuco é a principal meta da Coordenação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose, Geohelmintíases e Filariose. Para isso, a coordenação do programa presta apoio técnico aos municípios, oferece capacitação/atualização aos coordenadores e digitadores do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), para os profissionais das equipes da estratégia de saúde da família, para os Agentes de Controle de Endemias (ACE) das instâncias municipais e são realizadas parcerias com o Ministério da Saúde (MS) e Instituições de Pesquisa.

 

Os dados epidemiológicos são analisados de forma contínua pela a equipe tecnica a partir das informações constantes no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) nas áreas endêmicas, assim como no Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória (Sinan), fornecidos pelos municípios ao longo dos anos. Esse monitoramento também possibilita conhecer a situação epidemiológica dessas doenças nos municípios e em cada Gerência Regional de Saúde (Geres), o que é essencial para traçar novas políticas públicas.

 

Dentre as ações do programa, há também a distribuição dos kits de diagnóstico e medicamentos (ambos fornecidos pelo MS) para os municípios, com o objetivo de que sejam realizados o diagnóstico e tratamento de todos os casos diagnosticados positivos.

 

Vigilância e Controle da Esquistossomose

Do tamanho aproximado de uma moeda, o caramujo transmissor não tem hábitos terrestres, e não é a mesma espécie encontrada em jardins e quintais. As espécies presentes em Pernambuco são a Biomphalaria straminea e a B. glabrata, caramujos de hábitos aquáticos, que são encontrados principalmente nas margens de rios, riachos, lagoas, canais, podendo também ser encontrado em poças de água nas áreas mais endêmicas. A rotina do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose baseia-se em realizar na população exames coproscópicos, tratamentos dos casos positivos nas Unidades de Saúde municipais, bem como mobilização da população para o conhecimento e prevenção da doença. Ressalta-se a importância da identificação dos locais onde há a presença dos caramujos, para que se tornem possíveis a promoção de ações voltadas para a melhoria sanitária e saneamento ambiental nessas áreas.

 

Os sintomas mais comuns da esquistossomose são dores abdominais, náuseas e sensação de estômago cheio, o que provoca perda de apetite e emagrecimento, prisão de ventre ou diarréia e tosse seca.

 

O Estado possui 103 municípios com o Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) implantado, sendo considerados endêmicos 98 deles, ou seja, com a presença de casos da doença e do caramujo transmissor da esquistossomose, distribuídos nas I, II, III, IV e V Geres.

 

Vigilância e Controle das Geohelmintíases

As geohelmintíases geralmente são assintomáticas, eventualmente apresentam diarreia ou constipação intestinal, cefaleia, náusea, vômito, dificuldade respiratória e/ou irritação brônquica, prurido anal noturno ou vulvite, geofagia, anemia, entre outros. Também são responsáveis por dificuldade no aprendizado em escolares e astenia em adultos economicamente ativos.

 

Em Pernambuco, as informações dessas doenças são fornecidas a partir do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), que a partir dos exames laboratoriais visando a pesquisa de ovos de Shistosoma mansoni também visualizam outros ovos nestas lâminas, assim, estas informações também são registradas nos formulários específicos do SISPCE. Os medicamentos para o tratamento dessas geohelmintíases são fornecidos pela rede municipal de Saúde.

 

Vigilância e Controle da Filariose

Causada pelo verme Wuchereria Bancrofti, a doença é transmitida de uma pessoa infectada para outra por meio da picada da muriçoca (Culex quinquefasciatus). No Brasil, a doença só tinha registro no Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes. Em 2003, a prevalência da doença era maior que 1% ou seja, 1.000 pessoas positivas a cada 100.000 examinadas. Desde 2014, a prevalência da doença é de 0%, ou seja, não há casos confirmados desde então. Em 2011, ano de início das atividades do Sanar, foram 11 casos. Em 2012, foram 5. Em 2013, houve 1 registro, o último. Por isso, desde 2013, Pernambuco está em processo de certificação da eliminação da filariose no Estado junto ao Ministério da Saúde (MS) e à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

 

Dentre os acometimentos decorrentes da filariose mais conhecidos estão a elefantíase e a hidrocele. Estas morbidades surgem quando o sistema linfático é comprometido, dificultando a circulação e gerando inchaço dos membros inferiores (ambos os sexos) ou hidrocele no homem após alguns anos da infecção.

 

Os dados da doença são fornecidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória (Sinan), bem como através de relatórios trimestrais enviados pelos municípios para a Coordenação Estadual do Programa.

 

Dentre as ações desenvolvidas no Estado, destacam-se as ações de vigilância da doença (busca ativa e passiva), avaliações de áreas novas, a fim de definir qual estratégia de controle será implantada, como também avaliação das áreas sob a intervenção do Tratamento Coletivo (TC) e daquelas que já o finalizaram.

 

O MS fornece aos Estados os medicamentos para o tratamento dos casos diagnosticados e o ICT card test, teste rápido para diagnóstico da filariose, sendo estes disponibilizados aos municípios.

 

 

Coordenação do Programa de Controle da Esquistossomose e Filariose

Coordenadora: Bárbara Morgana da Silva

Telefone: (81) 3184.0216/ 0220

E-mail: esquistossomosepe@gmail.com / filariosepe@gmail.com

 

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